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Five Nights At Freddy’s - O Pesadelo Sem Fim | Um desperdício de potencial

Primeira adaptação cinematográfica da famosa franquia de jogos, “Five Nights At Freddy’s - O Pesadelo Sem Fim” é uma mistura de terror com um confuso suspense que passa longe de ser inteligente, prejudicando e desperdiçando todo o potencial que o longa poderia apresentar.

Na trama, Mike Schmidt (Josh Hutcherson) é contratado para trabalhar como o vigia noturno no abandonado restaurante familiar Freddy Fazbears Pizza. O lugar era famoso por seus característicos robôs animados que fazem a festa das crianças durante o dia. Porém, quando a noite chega, os bonecos animatrônicos se transformam em assassinos psicopatas.

Com classificação de 14 anos, o filme sofre para alcançar o seu potencial. Algumas cenas mais violentas até foram colocadas, mas sempre de forma básica, sem muito sangue. Isso prejudica o suspense, uma das grandes marcas dos jogos. Apesar de sombrio, é como se o terreno sempre estivesse sendo preparado para algo que está por vir, mas nunca chega.

Produzido pela Blumhouse e dirigido por Emma Tammi, o filme busca enriquecer sua narrativa ao explorar os traumas emocionais de Mike, que surgiram após o sequestro não resolvido de seu irmão. Essas questões emocionais tornam difícil para Mike cuidar de sua jovem irmã, Abby (Piper Rubio). A trama envolvendo a criança desaparecida acrescenta uma camada sombria ao enredo, mas o filme não estabelece uma base sólida o suficiente para criar mistério envolvente antes das revelações.

Hutcherson e Rubio entregam em trabalho consistente e interessante de se acompanhar (onde Rubio é destaque). Elizabeth Lail, contudo, autua como uma policial local que tem um interesse suspeito no que está acontecendo neste antigo local abandonado. Sua atuação é fraca, muito por conta do roteiro que não colabora com sua personagem. Tudo é forçado, sem desenvolvimento coeso.

Apesar do seu design bacana, “Five Nights At Freddy’s - O Pesadelo Sem Fim” não consegue extrair o terror necessário para marcar o lugar no gênero. O suspense de sobrevivência foi substituído por uma tentativa clichê de lidar com fatores “do além”, em um roteiro fraco, confuso e sem sentido. É uma experiência que não condiz com o que foi apresentado nos games.


Nota: 4/10

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