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The Morning Show (3ª Temporada) | Explorando a influência de um titã da tecnologia nos bastidores


Agora na 3ª temporada, "The Morning Show” talvez seja uma das séries mais peculiares da televisão. Estrelado por duas megaestrelas, Reese Witherspoon e Jennifer Aniston, o programa do Apple TV+ é atual e totalmente vinculado ao mundo real, sendo um drama onde a fantasia reina no local de trabalho.

Abordando consequências da pandemia, política e aborto, a série mescla temas complexos ao mesmo tempo em que relaxa com uma viagem ao espaço. Muito disso surge graças ao bilionário tecnológico Paul Marks (Jon Hamm), que é o maior acerto dessa nova temporada. Sendo uma espécie de Lex Luthor, Marks alterna entre charme e ganância, procurando a todo instante o que é o melhor para ele. Aqui, o melhor é adquirir a UBA. A venda do canal é um dos principais plots da temporada. Cory Ellison (Billy Crudup) tenta a todo instante movimentar as suas peças no tabuleiro para que possa vencer esta partida de xadrez. No fim, Cory e Paul não são muito diferentes.

Apesar de ser uma das protagonistas, Bradley foi uma das personagens mais fracas da série. Seu objetivo de conseguir contar histórias frequentemente ignoradas atravessa os desafios de ser proibida nos bastidores ou de gerar graves consequências para quem está envolvida no assunto. O quinto episódio, inclusive, nos leva pela jornada de Bradley durante a pandemia, desde a quarentena até seu envolvimento na invasão do Capitólio. É um dilema interessante ver seus conflitos éticos, profissionais e pessoais. Contudo, nunca passa disso. 

Há temas muito importantes na temporada, como o racismo proporcionado por executivos da UBA contra seus funcionários. O problema é que muito dessa discussão se torna vazia quando analisamos a temporada como um todo. O terceiro ano de “The Morning Show” começa muito bem, mas ao longo dos episódios, perde totalmente o foco e a coesão, só conseguindo encontrar o seu caminho no final.

Nessa jornada de altos e baixos, o público é fortemente afetado pela separação de Reese Witherspoon e Jennifer Aniston. As atrizes quase nunca interagem, sendo um total desperdício para o potencial que elas podem entregar (como vimos nas temporadas anteriores). Desse modo, Hamm e Crudup carregam a missão de fazer a trama andar. Sem eles, veríamos apenas temas importantes sendo inseridos em fantasias dos bastidores de uma emissora de TV.


Nota: 7/10

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