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Miracle Workers (4ª Temporada) | Série perde o brilho em sua temporada final

Miracle Workers” nunca fui um primor narrativo, mas sempre apresentou um charme no seu modo de fazer críticas através de um humor bobo. Em seu quarto e último ano, a série antológica perde parte de sua essência ao longo do caminho, entregando uma temporada com piadas ridículas e desnecessárias.

Com o subtítulo de “Fim dos Tempos”, a quarta temporada incorpora elementos de ficção científica para lidar com um mundo pós-apocalíptico. Na trama, em um futuro todo arruinado, um guerreiro do deserto (Daniel Radcliffe) e uma implacável senhora da guerra (Geraldine Viswanathan) enfrentam o pesadelo mais distópico de todos: se estabelecer nos subúrbios. Juntos, eles navegam pelos horrores existenciais da vida de casado em uma cidade pequena, tudo sob a orientação duvidosa de um rico comerciante de lixo (Steve Buscemi).

Ao contrário dos anos anteriores, a série não conseguiu equilibrar coerentemente sua história estilo “Mad Max” com o seu humor característico. Até houve um esforço para alcançar isso, mas que resultou em uma narrativa que carece da coesão e identidade que antes eram marcas registradas da série. Muito deste problema associa-se com as repulsivas piadas apresentadas no programa. O personagem de Buscemi, por exemplo, tenta fazer comédia através de piadas com esqueletos... Fica simplesmente ridículo.

Os atores continuam entregando performances sólidas, como são os casos de Radcliffe e Viswanathan. No entanto, quem realmente merece destaque é Jon Bass como Scraps. Interpretando um humano, mas que é tratado como um cachorro, seu personagem é o único a conseguir propiciar risadas genuínas. O mesmo não ocorre com Karan Soni, que recebeu o papel de um robô genérico e sem nenhuma grande novidade.

No geral, embora a temporada ainda mantenha alguns dos elementos peculiares que fizeram a série se destacar, é como se "Miracle Workers" tivesse perdido o seu encanto e não conseguisse atingir o mesmo nível de excelência das temporadas anteriores. Ao final do quarto ano, fica ainda mais evidente que a primeira temporada, envolvendo o céu como empresa, jamais será superada.


Nota: 5/10

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