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Eco (1ª Temporada) | Seria esse o novo suspiro do Universo Marvel?


Série mais recente da Marvel, "Eco" estreou através do selo Spotlight (concebido para produções mais maduras e independentes da narrativa principal do MCU), prometendo um nível maior de violência, semelhante ao que nos acostumamos a ver da Marvel na Netflix. Contudo, a série não é imune às características tradicionais da fórmula Marvel, o que acaba impactando o resultado final.

Um dos pontos altos de "Eco" é sua ousada protagonista Maya, interpretada brilhantemente por Alaqua Cox. Ao introduzir uma personagem que utiliza a linguagem de sinais, a produção dá um passo significativo em direção à inclusão, abrindo portas para uma representação mais diversificada. Essa diversidade também é encontrada através da exploração da ancestralidade dentro da cultura Choctaw.

O trabalho sonoro também merece destaque. A forma como o som é manipulado reflete a experiência sensorial da protagonista, contribuindo para uma imersão mais profunda na trama. Os personagens coadjuvantes são outros pontos positivos, com suas personalidades carismáticas e que ajudam a manter o interesse do público ao longo da temporada.

Entre os personagens, sem dúvidas, o melhor fica por conta de Vincent D'Onofrio, no papel do Rei do Crime. O ator entrega uma interpretação envolvente e com forte presença de tela. Sua atuação adiciona novos níveis de complexidade ao vilão, elevando a qualidade da narrativa.

Como ponto negativo, pode-se citar as cenas de ação. A coreografia mal elaborada prejudica a capacidade da série de transmitir o real impacto dos combates, perdendo a oportunidade de usar a violência de forma mais eficaz. O final da temporada também deixa a desejar. Com um episódio curto, tudo se desenrola de maneira apressada, resultando em uma batalha final pouco memorável.

"Eco" é uma produção que merece ser assistida, especialmente por sua exploração cultural. Contudo, seu tropeço em elementos-chave impede a série de atingir seu potencial máximo. Ainda assim, é um passo positivo na expansão do universo Marvel para territórios menos explorados e com abordagens diferentes.


Nota: 7/10

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